Diretor escolar como liderança pedagógica

A(O) diretor(a) escolar deve atuar como uma liderança pedagógica, orientando a equipe e promovendo práticas que fortalecem o aprendizado. Mais do que gestor, é importante que seja um agente de transformação que inspira professores e funcionários, engajando a comunidade escolar, cultivando um ambiente inclusivo e focado na aprendizagem. Suas decisões influenciam diretamente o desenvolvimento integral dos estudantes, assegurando que cada etapa do processo educativo seja bem acompanhada e adaptada às necessidades de todos. Essa liderança é fundamental para promover a equidade e o sucesso acadêmico.

Mãos livres, mente atenta

Mãos livres e mente atenta é um modelo de gestão que tenho formulado ao ouvir profissionais que ocupam a posição de gestor escolar e que alcançam notas muito altas no Ideb mesmo estando em escolas situadas em contextos de alta vulnerabilidade social. Basicamente, consiste na descentralização e delegação assistida, o que não é novo na literatura, mas com o propósito de permitir que o diretor e a diretora escolar se dediquem totalmente aos professores, estudantes e à sala de aula, materializando a máxima "tempo e presença" para o pedagógico, promovendo desempenho acadêmico e desenvolvimento emocional, com acompanhamento próximo e liderança colaborativa.

Paulo Freire nos inspira

Paulo Freire nos inspira ao defender de forma firme que a educação vai além da transmissão de conteúdos. Deve ser um ato transformador que valoriza o diálogo, as experiências e a cultura dos aprendizes. Ao promover a criticidade, a educação forma cidadãos conscientes e ativos, comprometidos com a justiça social e com a equidade.

Educação integral e desempenho acadêmico

A educação integral vai além das notas. Ao desenvolver habilidades socioemocionais, incentivar o engajamento e oferecer uma formação diversificada, ela ajuda os estudantes a se prepararem melhor para os desafios da vida. O foco não está apenas no desempenho acadêmico, mas no crescimento completo, formando pessoas mais atentas, participativas e com melhores condições para contribuir com a sociedade.

As competências socioemocionais na escola

As competências socioemocionais são fundamentais no processo educacional e devem ser trabalhadas de forma intencional na escola. A educação integral oferece espaço para que essas competências sejam desenvolvidas, promovendo um ambiente escolar mais equilibrado e inclusivo. Ao cuidar das emoções dos estudantes, ajudando-os a se compreenderem e fazerem projeções de desenvolvimento, a escola contribui para a formação de pessoas mais preparadas para os desafios da vida em uma sociedade complexa, permeada por relações sociais intensas e diversas.

A importância das atividades eletivas na escola

As atividades eletivas, geralmente ofertadas com mais frequência em arquiteturas de tempo integral, são uma oportunidade para que os estudantes escolham áreas de interesse que complementem o currículo tradicional. Ao oferecer essa flexibilidade, a escola valoriza as escolhas individuais e cria um espaço mais engajador. Além de desenvolver competências específicas, as eletivas também promovem a inclusão ao permitir que estudantes com dificuldades possam recompor aprendizagens, tornando a escola mais equitativa e adaptada a cada estudante. É preciso investir mais nesse conceito e trazer as trajetórias pessoais mais fortemente para tornar a educação mais articulada aos projetos de vida.