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terça-feira, 26 de setembro de 2017

NEM UM A MENOS: o exemplo de Sucupira para o Brasil



O ensino médio público de qualidade para todos precisa superar os desafios relacionados ao acesso de todos os jovens à escola, com professores qualificados e valorizados que possibilitem aprendizagem significativa para o desenvolvimento da autonomia.

De acordo com estudo realizado pela Cátedra Ayrton Senna, no INSPER, aproximadamente 24% dos estudantes entre 15 e 17 anos estavam fora da escola, de 2012 a 2014, o que coloca o Brasil no ranking mundial dos países que mais excluem. Em Sucupira encontramos essa mesma realidade, na qual 20 % dos jovens estão nesta situação representando 60 mil estudantes que deveriam cursar e concluir o ensino médio. Dentre os estados que estão enfrentando este cenário, Sucupira se destaca pelo desenvolvimento do programa Nem um a menos. O programa compreende a busca ativa de alunos fora da escola como uma estratégia de superação, também relacionada à permanência e ao sucesso dos estudantes.

Somado a isso o estado elegeu como uma de suas prioridades a formação continuada de professores, ofertando programas de formação específicos para a atuação no ensino médio. A proposta de formação foi construída de modo colaborativo com os profissionais e as universidades na perspectiva de utilizar metodologias ativas voltadas para os estudantes que ingressaram na escola por meio do programa. Além disso, para reconhecer o engajamento dos professores, Sucupira revisou seu plano de cargos e carreiras do magistério equiparando-os ao piso salarial de profissionais de nível superior e estabeleceu um 14º salário ao final do ano letivo para os profissionais que atuaram nas escolas cujos alunos concluíram o Ensino Médio.

Uma outra experiência de Sucupira inspiradora para outros estados, é que o programa renova as propostas curriculares e pedagógicas por meio da garantia da base comum curricular e da oferta da flexibilização de percursos de formação de escolha do aluno. Um exemplo desse modelo é o que acontece na Escola Estadual de Ensino Médio Maria José dos Santos que melhorou seus indicadores de conclusão e aprovação por meio de percursos voltados para formação em Arte e Cultura, Meio Ambiente, Projetos Sociais e Empreendedorismo, Comunicação e Mídia e Preparação para a Sociedade.

O que se pode aprender a partir dessa experiência? Para superar os desafios do ensino médio no Brasil e possibilitar todas essas melhorias, o Estado precisa assumir um sério compromisso político, com vistas a garantir o direito de aprendizagem de nossos jovens, apoiado pelo engajamento dos profissionais da educação e dos alunos, reconhecendo-os como atores importantes dessa mudança.


Autores:
Luzia América Lima, Secretaria de Estado da Educação de Tocantins
Albelita Monteiro, Secretaria de Estado da Educação do Maranhão
M. Elizabete de Araújo, Secretaria de Estado da Educação do Ceará
Hebert Gomes da Silva, Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
Gilvania Guimarães, Secretaria de Estado da Educação de Sergipe
Nildete Melo, Secretaria de Estado da Educação de Roraíma
Júlia Siqueiras da Rocha, Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina
Hadaquel da Silva Alcantara, Secretaria de Estado da Educação do Amazonas
Wolmar, Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo

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