*Foto do site https://educacaointegral.org.br/conceito/
É absolutamente incoerente considerar a educação básica e a superior como antagônicas. O binômio educação e desenvolvimento econômico-social se estabelece a partir de uma visão sistêmica e pela efetivação de um projeto de nação alicerçado no desenvolvimento pleno das pessoas.
Se pensarmos o sistema educacional de forma separada, olhando para a educação básica em detrimento do ensino superior, surgem questões óbvias: quem cuidará da formação dos educadores? Onde se fará pesquisas para subsidiar estratégias que objetivem a qualificação de projetos pedagógicos?
À medida que o Brasil conseguiu ser eficiente no atendimento escolar, alcançando a quase universalização da matrícula das crianças com 6 anos de idade, surgiu a necessidade de termos professores bem formados em nível superior, capazes de dar as oportunidades educacionais necessárias para a conclusão do ensino médio e inserção dos jovens em cursos universitários para consolidar a espiral do desenvolvimento humano.
Como então desenvolver a educação básica sem ter universidades de excelência?
Não sei responder senão reafirmando a relação imbricada desses níveis de ensino.
É claro que podemos levantar muitos aspectos a serem melhorados na relação educação básica e o ensino superior. Mas é inegável a contribuição das instituições de ensino superior em dois aspectos: na formação dos futuros professores da educação básica e na oferta das variadas possibilidades para se dar continuidade aos estudos, permitindo aos estudantes o aperfeiçoamento profissional para atuar nas diversas áreas laborais.
Para muito além disso, a educação é capaz de promover a transformação da face econômica e social de uma nação quando o cuidado com o desenvolvimento integral do ser humano está também associado à inovação tecnológica, à pesquisas científicas de alto impacto para a vida das pessoas, para o crescimento econômico, e que consigam explicar questões caras à existência humana e as relações complexas que se estabelecem na sociedade.
Assim, o Brasil, capitaneado pelo Ministério da Educação, deve conduzir um debate nacional para o fortalecimento deste sistema. É disso que verdadeiramente precisamos.