A escola é a instituição responsável pela formação intelectual/cognitiva dos cidadãos. Está organizada para trabalhar conteúdos relacionados ao vasto conhecimento acumulado pela humanidade a partir das empreitadas da ciência moderna.
Mas a sociedade contemporânea exige bem mais. Outras dimensões precisam ser desenvolvidas para ampliar as possibilidades dos jovens no que diz respeito a inserção nas estruturas complexas do mundo do trabalho, da universidade, enfim, na teia das relações pessoais, acadêmicas e profissionais.
A escola pode mudar sua organização pedagógica para adequar-se a essas novas necessidades. Trabalhar o desenvolvimento de competências socioemocionais; das habilidades artísticas e esportivas; da percepção cidadã do meu ambiente, entre muitas outras dimensões, traz para a escola novas responsabilidades e a atualiza diante dos novos desafios.
Mas a escola sozinha não pode simular todos os processos de aprendizagem nesse contexto. Criou-se muitas outras estruturas na sociedade que também contribuem para a formação das pessoas e não podem ser ignoradas na composição do itinerário formativo dos estudantes.
Não é sensato que diante desses novos desafios relacionados a formação plena das pessoas se ignore as atividades desenvolvidas fora da escola e que estão relacionadas à formação do estudante.
É importante que a escola faça um mapeamento das oportunidades de aprendizagem na comunidade para que estas possam ser reconhecidas no histórico escolar.
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