Um dos maiores equívocos é estruturar uma escola para os sem rosto, sem história, sem nome.
A escola é a instituição responsável para apresentar aos jovens as informações e conhecimentos sistematizados e acumulados pela humanidade. Isso caracteriza a educação formal. Mas me preocupa a forma como isso acontece no cotidiano do ensino e aprendizagem.
A agenda escolar é elaborada, quase como regra, sem considerar os sujeitos que a frequentam. Infelizmente ainda estamos organizados para ofertar uma educação para massas, no modelo série, como nas fábricas.
Primeiro se dá o conteúdo, depois se pergunta se foi interessante e significativo. E se a resposta for NÃO, e na maioria das vezes não é, logo os estudantes são acusados de não quererem nada com a vida e ganham o taxativo selo de desinteressados pela escola.
Uma outra organização escolar é possível. Mas nós educadores precisamos desenvolver uma habilidade bem específica para melhorar a relação com os estudantes: saber ouvir e ler as suas histórias de vida.
Esta habilidade permite aos educadores, entre outras coisas, enriquecerem suas práticas pedagógicas, consolidando a desmassificação das relações e do ensino.
Portanto, desenvolver a premissa do estudante como sujeito poderá gerar a maior transformação de todos os tempos na educação escolar. E aí veremos o por que é tão importante pensar em diversificar itinerários formativos, estruturar tempos eletivos e contextualizar o que se ensina.
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