Educar jovens no ensino médio está entre os grandes desafios na atualidade. Este ponto está na pauta de sistemas de ensino do mundo inteiro, mas é ainda mais desafiador em países com desigualdades de oportunidades educacionais elevadas, como o Brasil.
Pelo tamanho do desafio, devemos pensar em estratégias de abrangência macro, ou seja, de políticas educacionais, e de fortalecimento do clima escolar, alicerçado nos preâmbulos de uma escola para as juventudes.
Considerando esse cenário, creio que é preciso pensar no seguinte:
- No âmbito das definições e atividades das secretarias de educação: a) garantir as condições de funcionamento da escola, priorizando a autonomia financeira e pedagógica de cada unidade; b) liderar discussões com sua rede para sistematização de inovações relacionadas a modelos de gestão, a organização curricular e a tecnologias educativas; c) estabelecer princípios inegociáveis a serem atentados em todos os segmentos da rede. Sobre esses princípios, faço referência principalmente aos relacionados a inclusão educacional, a altas expectativas de elevação de resultados acadêmicos e a crença de que todos são capazes de aprender, independente da situação econômica e social.
- No âmbito da estrutura escolar: a) consolidar a pedagogia do diálogo e a sistemática de construção coletiva de entendimentos naquilo que precisa ser realizado para que a escola cumpra seu papel social e garanta a aprendizagem dos seus estudantes; b) focar nos aspectos da aprendizagem em sala de aula, no suporte ao processo de ensino e no cuidado para que os alunos verdadeiramente sintam-se contemplados no processo; c) criar e fortalecer o sentimento de que todos os estudantes, todos, são capazes de desenvolverem seus projetos de vida tendo a educação como pilar.
A lista do que é preciso estruturar deve ser pequena mesmo. Os desdobramentos de cada item mencionado acima são complexos, e a dispersão de energia das secretarias e das escolas não ajuda, absolutamente, em nada.
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