Essa questão é colocada para os adultos, pois os jovens simplesmente sonham, e sonham muito, e que bom que sonham!
Faço essa pergunta ao meu silêncio todos os dias. E geralmente a minha conclusão é que nós não conseguimos dialogar bem com as expectativas desses sujeitos, seja em casa, como pais, ou na escola, como profissional da educação.
Penso às vezes que se manifesta nessa relação uma espécie de vingança dos adultos por não terem conseguido emplacar boa parte dos seus sonhos quando passávamos por esta construção ideária do futuro.
Penso também na expressão que o Brasil é o país do futuro pois tem muitos jovens em formação e o por que desta máxima nunca ter se confirmado efetivamente. Será que isso aconteceu porque ao invés de interpretarmos as novas visões de futuro manifesta nos sonhos dos jovens preferimos fazer os jovens se adequarem ao presente? Se a resposta for sim, explica a repetição de práticas geração após geração.
Após muitas reflexões a respeito, minha conclusão é que nós precisamos construir uma relação com os jovens de modo a ajudá-los a elaborar seus projetos de vida, dando a eles condições para realizarem seus sonhos, ao contrário de convencê-los a esquecer que o futuro pode ser bem melhor que o presente.
É nesse contexto que se fala tanto em protagonismo juvenil, estudantil. Para termos uma educação verdadeiramente significativa, os jovens precisam aprofundar sua percepção sobre si mesmos e projetar seus sonhos de uma vida cheia de mudanças e de realizações bem sucedidas, mas que precisa ser esboçada a partir de ações concretas no presente.
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