Em oposição ao entendimento de uma educação estruturada na fragmentação do currículo e exclusivamente focada no desenvolvimento cognitivo, consolida-se no Brasil o conceito de educação integral.
Esta abordagem tem em seu princípio que para formar bem crianças e jovens, no contexto da complexa sociedade contemporânea, necessita inserir na agenda escolar novos elementos pedagógicos que ampliem as oportunidades de aprendizagens para além da memorização de conceitos científicos e do desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas.
As competências socioemocionais, a fruição das artes, a inserção dos estudantes nos temas da comunidade, entre outras frentes, devem compor o itinerário formativo na educação básica. É preciso compreender o homem como ser multidimensional, com interesses e necessidades diversas.
Educar de forma integral é ter clareza de que não é possível ensinar sem contexto, de que não é prudente quebrar os conteúdos em caixinhas cada vez menores para acelerar o repasse de informações.
A escola deve estar articulada com a vida real. Na vida real não tem caixinha. Tudo está conectado numa grande teia de interações presenciais e virtuais. Os problemas não são apresentados as pessoas de forma fragmentada. Portanto, é preciso elaborar uma proposta pedagógica que dialogue melhor com as necessidades de cada cidadão em formação.
Nesse sentido, as relações interpessoais; o senso estético; vivência das artes; questões sobre identidade e construção do EU; gestão de conflitos; resiliência; protagonismo, entre outros, devem ser, além dos conteúdos clássicos, pauta oficial da escola que se propõe a formar integralmente seus estudantes.
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